Enquanto vou olhando para as notícias dos últimos dias surgem-me questões, que dificilmente verei respondidas:
1. Agora que o Porto ficou sem o Infarmed, como antes perdera a Agência Europeia do Medicamento, poderá sentir como tendo valido a pena toda a campanha feita pelas suas «forças vivas»? Será que, acaso o Governo tivesse mantido a candidatura inicial de Lisboa, a decisão de quem a transferiu de Londres para Amesterdão teria sido outra? Em suma, o que tem o país a ganhar ou a perder com os complexos de provincianismo de Rui Moreira e de outros críticos da macrocefalia de Lisboa?
2. Tendo em conta que se presume não ter sido apenas Ana Pinho a tomar a decisão de censurar a exposição de Robert Mapplethorpe, que responsabilidade atribuir aos demais administradores da Fundação Serralves? Isabel Pires de Lima já veio à ribalta para lamber as botas à sua Presidente! Mas a maior curiosidade residirá em Pacheco Pereira, habitualmente tão crítico relativamente ao diktat ilegítimo dos poderes absolutos. Ouvi-lo-emos sequer justificar-se por uma decisão, que também o enlameia?
3. Três dias passados sobre a indigitação de Lucília Gago como próxima Procuradora Geral da República, alguém ainda se lembra da atual titular? Depois de tanto alarido o silêncio pesa como enorme pedregulho sobre os supostos méritos de tão ínfima criatura!
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