A reação mais elucidativa ao Debate Quinzenal de ontem na Assembleia da República foi a da mais do que insuspeita diretora de informação da Rádio Renascença, Graça Franco, que na RTP disse mais ou menos isto: em condições normais um primeiro-ministro a contas com os casos com que o confrontaram (Infarmed, Tancos, taxistas, matrículas no ensino universitário, etc.) estaria em sérias dificuldades para responder às críticas da Oposição. Mas, com António Costa, o resultado é sempre o mesmo: ele sai vencedor de todos os debates parlamentares.
De facto, quem assistiu à pugna viu Negrão embatucar com a alusão a uma resposta por escrito sobre a sua ilegitimidade para o tipo de argumentário, que defendeu, e Assunção Cristas repetiu a já mais do que estafada ladainha a tentar um assassínio de carácter a António Costa que, resguardado com inovador colete de proteção, lhe ricocheteia as balas.
O que de substantivo saiu da sessão foi um conjunto de decisões aprovadas pelo Conselho de Ministros, que prosseguirão o trabalho de recuperação da herança ruinosa do desgoverno de Passos Coelho e uma tácita convergência dos socialistas com os demais partidos da maioria parlamentar, que estão prometidos - vide as palavras de António Costa para João Oliveira, do PCP - a prosseguirem a convergência para a próxima legislatura.
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