O livro só sai no dia 11 de setembro, mas algumas das suas páginas mais apetitosas já são conhecidas e confirmam o dano que podem causar ao atual titular da Casa Branca.
Se Bob Woodward - um dos mais prestigiados jornalistas norte-americanos desde que protagonizou a denúncia do caso Watergate, que faria cair Nixon! - não conseguiu entrevistar o próprio Trump, conversou com muitos dos seus mais próximos colaboradores. São eles a classificar de casa de doidos o que se passa no nº 1600 da Avenida da Pensilvânia em Washington D.C., e a considera-lo idiota, ignorante e impulsivo, razão bastante para esconderem-lhe documentos ou saírem rapidamente do Gabinete Oval antes que sejam incumbidos de decisões irreparáveis.
Entre as revelações está a da reação de Trump às notícias de um ataque com armas químicas na Síria, que o levou a dar ordens para matar o máximo de alvos possíveis, incluindo o próprio Bashar al Assad. Não fosse o travão imposto pelo seu chefe militar, Jim Mathis, e a situação poderia ter-se tornado completamente descontrolada.
Quanto às relações comerciais também se fica a saber como os colaboradores o terão impedido de, num dos seus impulsos protecionistas, rasgar inopinadamente o acordo comercial com o Canadá e o México, devido à lentidão inerente à sua renegociação. Irritara-o a intransigência do primeiro-ministro Justin Trudeau, que recusa a supressão dos tribunais arbitrais e da exceção canadiana, que impede as grandes corporações do vizinho em abocanharem a posse dos jornais, rádios e televisões canadianos.
Embora o livro não chegue para que a queda de Trump se consuma, poderá contribuir seriamente para que ela se torne mais próxima...
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