1 - Elucidativa a confirmação em como, nem o PCP, nem o BE, levarão a questão das carreiras dos professores à mesa das negociações com o Governo sobre o Orçamento. É que, estando a aproximarem-se as eleições e tendo em conta a imagem negativa que se vai associando a essa classe profissional junto da maioria dos portugueses, dissociar-se dela constitui aparentemente uma estratégia de contenção de danos depois de a eles se lhes terem excessivamente associado. Os votos que podem ganhar de um lado, podem não compensar os que possam perder pelo outro...
2 - 520 mil alunos receberam manuais escolares gratuitos neste início do ano escolar. As escolas passaram a ter uma maior liberdade de definirem os projetos pedagógicos que queiram aplicar aos seus alunos com a entrada em vigor da flexibilidade curricular agora generalizada a todo o universo das escolas públicas depois de ter sido anteriormente testada em experiências-piloto. E as moradas falsas deixaram de ser problema nas matrículas.
Três exemplos muito positivos, que contrastam com o que era a realidade do início do ano escolar, quando o ministro chamava-se Nuno Crato. Estranhamente um sujeito, que Mário Nogueira nunca destratou como agora o faz para com o atual titular da pasta...
3 - E apreciaram a forma como o mesmo Nogueira embatucou quando lhe pediram para comentar o Relatório «Education at a Glance», que demonstra ascender a mais de 35% o que os professores portugueses ganham em média acima dos demais trabalhadores qualificados?
Há números que, por si mesmo, substituem calhamaços de argumentos!
4 - Nos últimos dias as direitas deram sinais de conhecerem informações em segredo de Justiça relativamente ao roubo de armas em Tancos e não hesitaram em agitar-se com o oportunismo do costume. E Marcelo também não enjeitou a hipótese de ter sido contemplado com as fugas propiciadas pelos procuradores incumbidos do caso.
Só as esquerdas parecem nada saber do que se supõe estar em causa. O que não se estranha: a partidarização dos subordinados de Joana Marques Vidal tem sido tão óbvia, que compreende-se bem o nervosismo das direitas perante a forte possibilidade de a verem removida de um cargo, que não dignificou.
Em nome da necessidade de voltar a apartidarizar o Ministério Público essa substituição é uma questão de higiene cívica...
5 - Outro incendiário, que bem dispensaríamos de ver a atear fogos onde eles não existem é o bastonário da Ordem dos Médicos que, aproveitando a demissão dos diretores clínicos do Hospital de Gaia, quis lançar o pânico afiançando que, a partir do dia 6 de outubro, eles abandonariam os cargos, deixando a instituição entregue ao caos generalizado. Afinal os médicos em causa já o vieram desmentir, prometendo ficar até lhes arranjarem os substitutos.
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