Não fosse a derrota dos sociais-democratas alemães na Renânia do Norte-Vestefália e a eliminação do Die Linke do respetivo parlamento estadual e este teria sido o fim-de-semana do exato e absoluto oposto da «tempestade perfeita». Para os crentes na Astrologia estaríamos no auge de uma conjugação astral particularmente benéfica para o governo português, a ver-se reconhecido na obtenção de um crescimento económico capaz de calar os mais endemoninhados dos seus críticos. Ademais, depois do Euro em Futebol pôde sentir vibrantes as almas dos eleitores com a vitória da Eurovisão. Não espanta, pois, que a Aximage apresente previsões eleitorais mais consonantes com o que sentimos nas ruas, do que as propiciadas pela empresa de Rui Oliveira e Costa. Por este andar até os filhos do João Miguel Tavares darão o desgosto ao pai de irem votar em António Costa tão-só cheguem à idade de se tornarem eleitores.
O problema reside na provável vitória de Angela Merkel nas eleições deste outono. Porque implica a possível continuação de Schäuble como sabotador-mor das pretensões dos países do Sul nas reuniões do Eurogrupo.
Conseguirá aquilo que o Nicolau Santos classifica de cubo de Rubik de Centeno tirar argumentos não só aos zésgomesferreiras desta vida, mas também à Comissão Europeia, ao Banco Central Europeu, ao FMI, às agências de rating, and so on?
Eu que, mesmo nas piores alturas, tenho revelado inveterado otimismo - que, acaso acreditasse nas teorias da reencarnação, justificaria a possibilidade de ter reencarnado de Pangloss! - quero crer que sim! Passámos tantos anos com os criadores de Durão Barroso e de Passos Coelho a quererem-nos diminuir, amesquinhar na nossa suposta pequenez e pobreza, que esta confiança em sermos dos melhores entre os melhores, tão só saibamos conjugar determinação, inteligência e talento, exige que não nos voltemos a perder deste carreiro.
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