Embora reagisse a texto publicado no blog gémeo deste (Tempos Interessantes) aproveito para aqui abordar a reação de Maria João Metello ao que escrevi sobre o filme «Fátima» de João Canijo, em que reiterava o meu ateísmo e a correspondente incapacidade para ver explicada a razão de uma tão empenhada devoção pelos milagres dos pastorinhos.
Assumidamente crente a nossa Amiga respondeu com um belo texto, que explica a sua fé e esperança. Mesmo não partilhando das emoções, que expressa - o António Damásio suspeita que a fisionomia dos cérebros explica a diferença entre quem é religioso e quem o não é! - só tenho de manifestar um profundo respeito pela forma como ela partilha connosco as convicções espirituais:
O Ritmo da VIDA. Tudo na vida vive e brilha na sabedoria do dia e na majestade da noite. Nós e a pedra somos um só. as diferenças estão nas batidas do coração. O nosso bate um pouco mais depressa, mas não é tão tranquilo. O ritmo é outro. pudéssemos nós sondar a profundeza da nossa alma e escalar o espaço e chegar às estrelas, só ouviríamos uma melodia quiçá em uníssono entre a pedra e a estrela. Quando as nossas palavras não são entendidas, basta esperar um novo amanhecer. Podemos tropeçar na pedra e até blasfemar. Mas há-de chegar o dia em que apanharemos pedras e estrelas, como a criança colhe os lírios do vale, e ficamos enfim a saber que todas as coisas são vivas legítimas e fragrantes........
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