António Correia de Campos, antigo ministro da Saúde do Partido Socialista, propôs-se a dar uma ajuda à tristonha campanha António José Seguro às Primárias, dada a forma como ela está a dar de uma parte do Partido Socialista uma imagem comprometedora.
Mas, com a evolução do texto, o autor tem de reconhecer que se trata de tarefa impossível dada a forma como o ainda secretário-geral do PS tudo faz para aparecer nas televisões nem que seja para branquear as falhas da supervisão do Banco de Portugal ou ao deixar-se entrevistar ao lado do ministro miguel macedo, congratulando-se com o menor número de fogos deste ano, e ficando por isso novamente sujeito ao ridículo se, no resto do verão, o panorama se infletir.
O artigo tem de reconhecer que só vislumbra em António José Seguro uma tática de queixinhas.
Na sua entediante vitimização ele queixa-se “de ser desafiado quando tinha (mal) ganho duas eleições, esquecendo os grandes municípios que perdeu e os que não ganhou, tendo podido fazê-lo; confundindo um ganho modesto nas europeias com uma grandiosa vitória.”
E “de ser forçado a apresentar uma moção às diretas, quando foi ele que desenhou todo o processo rígido e longo para fustigar e desgastar Costa e queimar a terra para que não cresça semente”.
Mas Correia de Campos não fica por aí, realçando como Seguro criticou as trinta páginas de Costa, e depois reduziu a sua moção a cinco páginas e meia de banalidades. Não sem cometer o desaforo de considerar seu o trabalho realizado no PS no âmbito do «Novo Rumo» fruto de um grande trabalho coletivo.
Conclui, então, o autor: “Na ânsia de responder todos os dias ao desmoralizador crescendo de candidaturas eletrónicas de simpatizantes, de composição incerta mas dificilmente favoráveis, a candidatura de António José Seguro corre o risco de transformar o candidato em miniatura de primeiro-ministro”.
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