Um dos muitos equívocos, que Seguro ou quem o apoia, têm emitido é a falsa ideia de que terá trilhado o «caminho das pedras» e, «agora que é mais fácil», aparece António Costa a desarredá-lo da liderança do PS.
Fácil? Na entrevista à RTP António Costa desmentiu essa ilusão dos que em tal acreditam. Porque ou se prossegue com este modelo de (des)governação imposto por angela merkel, e que é entusiasticamente subscrito por passos coelho e maria luís albuquerque, ou se opta por outra alternativa bem diferente para a qual será necessário mobilizar apoios, quer interna, quer externamente.
Quando utilizam a falácia de já ter sido cumprido o mais difícil, Seguro e os seus apoiantes estão apenas a falar de si mesmos e não dos portugueses para quem deveriam priorizar as suas preocupações. A estes de nada dirá que um consiga satisfazer o ferido ego com a eventual indigitação como primeiro-ministro, ou que os seus mais diretos colaboradores se afiambrem a uns quantos ministérios. O problema é termos a clara noção que chegar lá poderia não ter sido muito difícil se António Costa não tivesse acedido ao pedido de inúmeros militantes mas o pior seria o que então fariam e aí sim temos razões para ter medo. Muito medo!
Porque para dar má fama a um certo tipo de governação socialista já bem basta o grego Pasok, que por isso mesmo se grupusculizou entretanto, ou o PS francês, que está a abrir alas para a passagem gloriosa da extrema-direita.
É para evitarmos que a austeridade continue a apertar o garrote em torno do pescoço dos portugueses e a própria Europa entre num novo ciclo já anunciado por académicos e políticos mais sagazes - incluindo aparentemente Mario Draghi e Jean Claude Juncker - que importa apostar na alternativa representada por António Costa.
Se Seguro acredita ser fácil o exercício do cargo de primeiro-ministro é porque não sabe, nem quer ser mais do que “his master voice” dos que têm mandado nestes três anos. Até porque tem jeito para se queixar do que não consegue e atirar as culpas próprias para outro lado. Agora que o desafio será difícil, mas implicará muita capacidade para governar, disso não tenhamos dúvidas.
E reconhecê-lo é sinal de responsabilidade, que tanto parece falhar aos que ainda mandam no Largo do Rato!
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