Na sua crónica semanal do «Público», Rui Tavares aborda a inovação de camiões TIR em vias de dispensarem o condutor, funcionando em piloto automático.
Com essa inovação muitos milhares de profissionais perderão o emprego nos dois lados do Atlântico.
Lembrando os trabalhadores da industria têxtil inglesa do século XIX, que destruíram os teares mecânicos destinados a substitui-los, dirão alguns que isso nunca será problema, porque se irão criar outros empregos alternativos em áreas de tecnologia mais avançada.
Mas espíritos mais avisados terão de alertar para o perigo social de uma tecnologia, que não encontre a devida resposta da respetiva sociedade quanto à forma como os cidadãos deverão ter recursos para usufruírem dignamente as suas existências.
Se vamos evoluir para um tipo de sociedade robotizada em que o emprego se torne num bem escasso, será conveniente que se pense na forma como evitar o caos, senão mesmo o fim da Democracia.
Mais do que uma sociedade socialista, capaz de ter superado a luta de classes, podemos estar à beira de uma utopia ou de uma distopia onde trabalho, lazer e rendimentos tenham ser equacionados de uma outra forma...
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