Ontem à noite um amigo, que assinara de manhã a petição em Homenagem ao 25 de abril, lamentava o facto de ainda a não ter visto ultrapassar em número de apoiantes a que já andava nas redes sociais há vários dias para dar substância aos que, nos telejornais, se mobilizavam contra as comemorações na Assembleia da República. Erro crasso de apreciação, porque a petição lançada por Manuel Alegre, Domingos Abrantes e Marisa Matias já conseguira nessa altura, e em poucas horas, calar os argumentos quanto à existência de uma «grande contestação» à cerimónia. No principal noticiário da SIC o pivot já não se atreveu a usar o argumento da outra petição, que por usar explicitamente o termo «vergonha», poucos iludiu quanto à sua origem. Lamente-se que um dos incautos, arrastados por tão estapafúrdia tese tenha sido João Soares, que veio depois indignar-se com o facto de o chamarem «facho». Azar dele: quem não quer ser lobo não lhe veste a pele!
Nesta altura, mesmo que a mobilização não conduza a ultrapassar o número dos peticionários anti-25 de abril o objetivo foi alcançado. Se o outro lado da trincheira avançou com avantajada infantaria, a reação dos que se apressaram a homenagear Abril correspondeu ao efeito de meia dúzia de bazucadas, que fizeram recuar os atacantes para a sua despeitada posição defensiva.
Daí recomende a esse meu amigo, que esteja descansado: quando houve que contra-atacar, assim se fez acabando-se cerce com a mistificação de uma suposta grande contestação áquilo que, como Ferro Rodrigues asseverou contundentemente, deve e vai ser comemorado.
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