Um mistério para os partidos do anterior governo esclarecerem: porque é que chegaram a acordo em abril de 2015 com o consórcio fornecedor do SIRESP para uma redução de 25 milhões de euros até final do contrato em 2021 e não o concretizaram com a correspondente decisão no Conselho de Ministros? Será porque isso corresponderia a um corte nas «rendas» no grupo cavaquista desse consórcio, igualmente associado à bancarrota do BPN?
Seria já o atual governo a implementar tal corte em dezembro desse ano, poucos dias depois de entrar em funções.
Quem assina essa peça jornalística no «Público» - Paulo Pena, jornalista cuja credibilidade prezo - procurou junto de Luís Marques Guedes, então secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, a razão para nunca se ter agendado a aprovação desse acordo, mas, sabe-se lá porquê, ele escusou-se a responder.
Fernando Alexandre, economista e professor da Universidade do Minho, então envolvido na negociação, não tem duvidas quanto ao que deveria ser feito de imediato: a nacionalização do sistema para se o poder melhorar já num contexto diferente do atual, evitando-se a aquisição de outro sistema em 2021, quando terminar a atual Parceria Pública-Privada.
O texto não o pressupõe, mas as muitas notícias destes últimos dias sobre os falhanços do sistema de Redes de Emergência e de Segurança no sábado transato (uns dizem ter havido falhas momentâneas, outros falam de 14 horas) não terá, afinal, a ver com o posicionamento dos concorrentes para conseguir contrato chorudo nessa altura? Uma outra questão pertinente tendo em conta o comportamento ganancioso de quem lucra com este tipo de sinistro.
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