Os romances da Agatha Christie que li na adolescência, sempre me convenceram da regra axiomática de só cometer crimes quem, de uma ou outra forma, lucra com eles. Vem isto a propósito do anúncio norte-americano quanto a estar em preparação um novo ataque químico por parte das forças afetas ao Presidente Assad.
Se em tempos não se pode excluir essa hipótese, porque existiam arsenais que foram destruídos sob controlo internacional, os ataques subsequentes, a elas imputados, cheiraram demasiado a esturro. Sempre pareceram argumentações de quem, não possuindo móbil do crime, que pretenderia imputar ao mesmo suspeito, tratava de os perpetrar por sua conta atirando as culpas para ombro alheio.
Assad seria tonto se adotasse tal conduta, sabendo o quanto ela daria fundamento áquilo que tantos crápulas desejam: a invasão da parte da Síria, que controla para a entregar aos sicários financiados pela Arábia Saudita e inspirados pelos agentes da CIA no terreno.
Mas a notícia de ontem tende a constituir uma nova escalada na estratégia: os criminosos anunciam a preparação dos homicídios, que intentam concretizar, para depois os atribuir ao inimigo Assad. Trump, que tem a delicadeza do elefante em loja de porcelanas, julga ser essa a forma de acabar de vez com o problema sírio, adivinhando-se o quanto ele se agravaria ainda mais se conseguisse levar por diante tal intenção.
Não me admiraria que os russos - ciosos de manterem a sua importante base naval naquele país do Médio Oriente - estejam já a preparar a celebérrima cassette comprometedora para Trump em que ele anda à chuva … dourada!
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