1. Ontem à noite, ao passar pelas notícias com a rapidez de um cão por vinha vindimada, encontrei uma autêntica galeria de horrores a pretexto da apresentação de um «estudo» sobre a sustentabilidade da dívida portuguesa.
Além de Moreira da Silva, que era o único sem o engelhamento dinossáurico dos parceiros da mesa, via-se por lá a D. Teodora, conhecida por não acertar conta alguma, o «adiantado mental» Macedo de quem nunca se conheceu qualquer mérito e tanto nos tem azucrinado com a sua injustificada pedantice, ou o inevitável Cunha, que só quis ser ministro durante quinze dias, porque não poderia acumular o ordenado com a reforma.
Foi gente de tal jaez, que se julgou capacitada para debitar umas larachas, sabendo-se quanto todos eles se enlevaram por Passos Coelho e a sua enorme «habilidade» para fazer essa dívida crescer exponencialmente.
Quase parecia o regresso dos mortos-vivos numa das versões mais toscas, ou seja nenhuma das assinadas pelo brilhantíssimo George Romero.
Alguns «jornalistas» televisivos e da impresna escrita parece que gostaram do que ouviram. Assim lhes encomendaram o gosto os seus interesseiros patrões. Aqueles que perderam algumas negociatas com a governação atual e não descansam enquanto a não virem em causa.
2. Populismo barato, demagogia estúpida é a campanha lançada por um programa da RTP e por um quase anónimo historiador, que consideraram crime de lesa património a utilização do Convento de Tomar para a rodagem do filme de um dos membros dos Monty Python.
Depois do alarme inicial concluiu-se que os «danos» foram mais do que superficiais, pelo que os promotores do «escândalo» já se escudam atrás do argumento desonesto de ter sido grave não o que aconteceu, mas o que poderia ter acontecido.
Queremos ou não que os nossos monumentos, mesmo que só referidos no genérico, suscitem o interesse de quem neles atenta e possam pretender vir a visitar? E para os técnicos nacionais, haverá ou não interesse, que equipas de produção cinematográfica internacionais venham a eles requerer?
Os criadores dessa campanha vergonhosa deveriam precisamente utilizar o silêncio como estratégia mais segura para não andaram a lançar disparates.
3. Boa a notícia do reequilíbrio das contas do Partido Socialista que, apesar do passivo ainda existente, já conseguiu calibrar as despesas às receitas obtidas.
Há, porém, uma ressalva importante a fazer: nas circunstâncias atuais continua sem condições para fazer sentir a sua presença um pouco por todo o país, com sedes abertas e convidativas para que se tornem espaços de encontro dos cidadãos.
Será esse o imperativo da sua organização, se o objetivo for o de afastar o lamentável destino de alguns partidos irmãos a nível europeu. O que implica a criação de mecanismos eficientes, que facilitem o contacto com os seus potenciais eleitores: ouvindo-os, correspondendo-lhes com políticas exequíveis, que tornem credíveis a satisfação das suas aspirações.
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