Varoufakis escreveu um livro sobre a sua experiência de Ministro das Finanças nas reuniões do Eurogrupo e o Paulo Pena, um dos mais credíveis jornalistas do «Público», foi lê-lo para nos informar do que ali se trata. O mais interessante, embora não se trate propriamente de uma novidade, encontrou-o no execrável papel de Maria Luís Albuquerque e do espanhol Guindos ao secundarem Schäuble, quando este tratou de sabotar a decisão de Merkel em dar uma mão ao governo do Syriza, para lhe facilitar a solução para se libertar do atoleiro herdado dos antecessores do Pasok e da Nova Democracia.
Pérfido como poucos, o alemão quis garantir a precipitação dos gregos no abismo da bancarrota para tomar para si o papel de punidor-mor dos desvarios esquerdistas dos povos europeus.
Com tão odioso desempenho, a ministra de Passos Coelho terá estado igual a si mesma, colando-se aos mais fortes para infernizar a vida aos mais fracos. No fundo a mesma lógica que a levava a curvar-se submissamente ao que dela fazia voz do dono, mesmo que isso significasse mais cortes para os pensionistas, funcionários públicos e a generalidade dos demais trabalhadores portugueses.
Não sendo conhecida por qualquer brilhantismo académico e desconhecendo por inteiro a realidade empresarial do país, Maria Luís foi um dos mais eloquentes exemplos de quem consegue alcandorar-se a cargos para os quais não possuía experiência nem conhecimentos. No fundo tratava-se de gémea siamesa do seu líder, que dia após dia, semana após semana, nos leva a questionar qual o momento em que alguém o apeia de vez do circo mediático em que cuida de ir dando prova de vida e o devolve ao anonimato de onde nunca teria merecido sair...
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