Estará o fim-de-semana a ser tranquilo para Passos Coelho e a cada vez mais minguada corte de indefetíveis, que o rodeiam? Será que ignoram o recuo progressivo nas sondagens (sobretudo na da Aximage) e as vozes senatoriais, que discordam de tudo quanto têm feito em relação ao acordo de Concertação Social, ao Novo Banco e à Caixa Geral de Depósitos? Imaginarão que Marcelo conterá o desagrado de que os jornais dão conta e que constata ter no antigo partido o mais teimoso sabotador do clima de descrispação por ele tão desejado?
Antes das infantilidades à Trump, os portugueses habituaram-se a identifica-las num dos seus principais políticos. É cada vez mais óbvia a impossibilidade de Passos Coelho ultrapassar os recalcamentos de sempre ter sido fraco aluno, gestor de modestas empresas e ter falhado rotundamente na tentativa de imitar Durão Barroso na escalada arrivista até ao sucesso. Deveria ter lido Heraclito que, desde há muitos séculos avisou quanto à impossibilidade de ver a mesma água passar duas vezes no mesmo trecho do rio. Se um medíocre conseguiu, à custa de muita matreirice (que é mais pecado do que virtude!) chegar tão longe, não seria provável que acontecesse o mesmo a quem mais competências não tinha e astúcia muito menos.
Não se adivinha fácil esta próxima semana em que patrões e UGT se associarão ao governo para assinarem o acordo, que o PSD promete frustrar.
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