1. Num artigo bastante explicito sobre o Novo Banco, Francisco Louçã classifica de flibusteiros os candidatos, que Sérgio Monteiro arranjou para abocanharem o Novo Banco. E de facto, tratam-se de piratas bastante experientes em navegarem nas águas turvas da finança e aí encontrarem forma expedita de fazerem lucros e deixarem espoliados quem tem a má sina de com eles se cruzarem.
De quem foi figura de proa na venda de empresas importantes para o setor público nacional durante os anos em que foi Secretário de Estado, não surpreende esta continuidade na linha de conduta de quem há muito se demonstrou fiel seguidor do preceito «o Capital não tem pátria».
Sérgio Monteiro não precisa de nos esclarecer a quem serve, mesmo continuando a ser injustificadamente remunerado, e de forma principesca, por todos nós. Mas tem comparsas de igual dimensão apátrida como é o caso de Marques Mendes que, de bufo semanal de Passos Coelho quando ele estava no governo, agora se faz voz oficiosa de Carlos Costa, outro que compõe um triângulo sinistro com os outros dois.
Manter o banco sob gestão do Estado, manobrando dentro do possível para que não prejudique os objetivos do governo em se manter dentro dos limites impostos pelos burocratas, é solução possível e que Centeno não colocou de parte, ciente de serem bem mais prejudiciais as «soluções», que lhe vêm sendo propostas a partir do Banco de Portugal.
2. José Vítor Malheiros assinou a sua última crónica no «Público», jornal que David Dinis, enquanto diretor, vai aproximando cada vez mais da condição de «Observador 2».
O que se está a passar na imprensa escrita só pode indignar quem se identifica com a atual maioria governativa e olha para os canais de informação disponíveis e não encontra um único, que se aproveite.
É fácil encontrar em todos eles um ou outro comentador menos alinhado com as direitas, mas mais não servem do que de alibis para o pretendido pelos donos desses meios de comunicação e as chefias editoriais por eles impostas. Verifica-se uma negação ostensiva do direito à informação e à liberdade de imprensa, não por ser legalmente imposta tal censura, mas por concentração da propriedade de jornais, rádios e televisões nas mãos de um pequeno grupo de candidatos a novos «donos disto tudo» e, por isso mesmo, dispostos a só permitirem a publicação das notícias e opiniões de quem lhes servir os propósitos.
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