Foi um autêntico regabofe de propaganda eleitoral dos partidos do (des)governo nesta quinta-feira! Se dúvidas houvesse sobre a articulação entre cavaco e passos coelho para aproveitar estes meses até às legislativas para uma ininterrupta criação de eventos destinados a metralhar os portugueses sobre a mentira em que assenta toda a sua descrição da realidade nacional, ela aí está.
Pintar o presente dos portugueses como se vivessem no país das maravilhas e tudo fazer para destruir o carácter dos adversários faz parte da estratégia desenhada pelos que a comandam na sombra.
Um dos exemplos elucidativos da falta de escrúpulos de tal gente esteve com o artigo publicado pelo filho de Jaime Gama no «Diário de Notícias». Mentindo descaradamente atribuiu a responsabilidade pelo chumbo de Saldanha Sanches nas provas de agregação de 2007 a Sampaio da Nóvoa, então reitor da Universidade de Lisboa e presidente do júri por inerência.
Quando a verdadeira notícia a extrair dessa crapulice foi que marcelo rebelo de sousa votou pela opção de o chumbar, joão gama, atual conselheiro político de cavaco silva, “esquece” que, legalmente, Sampaio da Nóvoa só poderia intervir se existisse um empate entre os membros do júri, o que não era o caso. Conjuntamente com outros cúmplices na pulhice feita ao fiscalista entretanto falecido, marcelo agregou uma maioria suficiente para garantir o resultado por ele pretendido.
Some-se a essa demonstração de falta de escrúpulos a, entretanto, denunciada a respeito de rogério gomes, que passos coelho designou como coordenador do programa eleitoral do PSD. Enquanto presidente do Instituto do Território, formalizou contratos por ajuste direto a instituições a que ele ou a mulher estão ligados, que assim embolsaram 242 mil euros. Vem tudo escarrapachado no «Diário de Notícias».
Compreende-se, assim, o afã com que passos coelho e os seus apaniguados tudo farão para poderem prosseguir a utilização dos recursos do Estado em proveito próprio. É que multiplicam-se as denúncias de uma promiscuidade total entre quem pelo Estado contrata e quem lhes vende os serviços.
Noutro exemplo eloquente, denunciado pelo «Jornal de Notícias», revela-se como a Autoridade da Concorrência multou em 14 milhões de euros sete empresas contratadas para fornecerem refeições a escolas e hospitais apesar de se comprovar terem lucrado 172 milhões de euros com a cartelização das propostas apresentadas a concurso.
“Singularmente” elas não pagaram a multa por, entretanto ter prescrito, e já ganharam desde então mais de dois mil contratos públicos para os mesmos serviços num valor superior a 700 milhões de euros.
Perante tudo isto dá para perguntar, porque está tanta gente à solta, apesar de comprovadas as suas culpas em casos de corrupção, e José Sócrates continua em Évora à espera que o ministério público arranje algo com que o possa acusar?
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