A apresentação do relatório técnico sobre o cenário macroeconómico português nos próximos anos resultou num enorme sarilho para o PSD e para o CDS/PP. Porque se trata de um trabalho rigoroso e fundamentado da autoria de alguns dos melhores economistas portugueses e ali não só se desmente a tese de não existir alternativa para o prosseguimento da austeridade como abre caminho para uma alternativa bastante mais favorável para todos quantos têm sofrido as penas da cegueira ideológica da direita.
Se os dois parceiros da coligação logo se apressaram a denegrir tal documento selecionaram para o fazer dois advogados - José Matos Correia e Cecília Meireles - que “têm” mesmo o tipo de competências adequadas para analisar e dissertar sobre um documento de natureza económica.
Nesta altura maria luís e os seus acólitos estarão a olhar para aquelas quase cem páginas a interrogarem-se como poderão, face a elas, recuar daquilo com que se tinham comprometido a semana passada: a eliminação da sobretaxa no IRC e dos cortes nos salários dos funcionários públicos só em 2019 e novo desfalque nas pensões dos reformados. E muitos dos joségomesferreiras, camiloslourenços e quejandos terão acrescida dificuldade em continuarem a defender o indefensável…
Até porque a direita e o relatório do PS prometem resultados finais completamente diferentes em 2019 após a aplicação dos respetivos projetos em número de desempregados, em dimensão da dívida e em défice. Com clara vantagem para o que a esquerda se propõe implementar.
A partir de hoje ninguém poderá dizer que não há alternativa ao austericídio destes quatro anos e esse é o primeiro passo para a vitória significativa de António Costa e do Partido Socialista em outubro. Devolvendo aos portugueses o direito à esperança num futuro melhor...
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