Há um abismo ideológico a separar a forma como a coligação PSD/CDS tem governado e aquela que consubstanciará o programa do Partido Socialista para as próximas eleições. Por isso mesmo deveremos ser muito assertivos quando, à nossa volta, ouvimos quem continua a garantir que «eles são todos iguais» ou que essa «distinção entre a esquerda e a direita deixou de fazer qualquer sentido».
Compreende-se que esse tipo de ideias feitas aproveite claramente a quem ainda está a aproveitar os últimos cartuchos para dar cabo de tudo quanto for possível nos resquícios de Estado Social, que resistem à sabotagem terrorista destes últimos três anos e meio, mas em nada favorecem os propósitos de mudança associados à candidatura do maior partido da oposição.
Depois de uma longa dominação dos austericidas sobre os que fazem uma leitura política de tudo quanto complexifica a conjuntura atual, é altura destes tomarem a liderança do país e devolveram-no aos valores de igualdade, justiça e solidariedade, que estiveram no ADN da Revolução dos Cravos.
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