Isto das sondagens tem de ser sempre relativizado à luz do que tem acontecido nos últimos meses, mas a melhor é a do nosso dia-a-dia, quando ouvimos pessoas perfeitamente desconhecidas, falar do que nelas tem suscitado a governação de António Costa e da sua equipa de ministros e secretários de Estado, sem esquecer a maioria parlamentar em que têm colhido merecido apoio. E decerto quem me lê conhece múltiplos testemunhos de quem dava pouco por esta solução governativa e afinal reconhece estar perante inesperada surpresa.
A sondagem da Universidade Católica, que vem em linha com as outras ultimamente conhecidas, só confirma essa progressiva aceitação, e até adesão, dos portugueses ao rumo empreendido há um ano. E é da competência na sua prossecução, que depende a transformação da expetativa de votos na sua efetiva tradução nas urnas. E, mesmo que se venha a confirmar uma maioria absoluta para o Partido Socialista, desejo que, como milhares de militantes, a continuidade do projeto seja assegurada com o concurso do Bloco de Esquerda e da CDU representados a nível governamental. Porque, não só a nível nacional, mas sobretudo num contexto internacional como o que se vislumbra nos anos vindouros, faz sentido as esquerdas fazerem das suas fraquezas forças contra as direitas, tanto mais que estas pendem para os sombrios territórios das suas versões mais repulsivamente fascizantes. E quando isso acontece faz sentido retomar a estratégia dos anos 30 do século passado, recorrendo às Frentes Populares, porventura mais sagazes com as lições aprendidas dos erros então cometidos.
Um ano passado sobre a posse do atual governo serão muitos os portugueses que, como eu, abrirão uma garrafa especial neste fim-de-semana e farão um voto de longa saúde para quem por ele tem sido responsável.
Fernand Léger
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