1. Na «Visão» desta semana a deputada Catarina Marcelino diz o que penso sobre o sujeito do Chega, cuja intenção é a de cumprir uma sinistra estratégia para ver se lhe rende apoios eleitorais mais significativos. Nesse artigo de opinião ela afirma não concordar “com a tese de que não reagirmos a Ventura seja o melhor para não lhe dar força”. Pelo contrário “parece-me que devemos combatê-lo com a verdade, combatê-lo obrigando-o a vir à liça com as suas propostas, combatê-lo não tendo medo dos seus correligionários que atacam com ódio e maledicência nas redes sociais. Só há uma maneira de proteger o futuro da liberdade e da democracia. Não dar tréguas e não transigir perante a demagogia e a radicalização dos Venturas.”
Nesse sentido há que elogiar a forma como nesta semana, quer na Assembleia, quer nas páginas do «Público», o bloquista Pedro Filipe Soares confrontou o referido fulano com as suas mais evidentes contradições. Em vez de se enterrar a cabeça na areia a fazer de conta que ele não existe, mais valerá pegar-lhe nas contradições e, sobretudo, obriga-lo a vir a terreiro com as suas propostas que, se verdadeiramente conhecidas pela maioria dos que por ele têm sido iludidos, os fará fugir a sete pés. É que o programa desse grupúsculo de extrema-direita pressupõe a destruição de tudo quanto diga respeito ao Estado Social, quer na educação, quer na saúde, privando os portugueses dos serviços que melhor contribuem para se sentirem confortados nas suas necessidades mais básicas.
Em definitivo devemos falar da aventesma sempre que for eficaz o momento e o conteúdo do que servir para o desmascarar como o fascista que é...
2. Demolidor revelou-se Mário Centeno na entrevista ao «Expresso» em que constata que “ou o doutor Rui Rio não sabe nada de economia – e muito menos Finanças Públicas - , ou nunca viu fazer um Orçamento do Estado”.
Não é que o ainda líder do PSD não tenha já dado mostras bastantes da leviandade com que se põe a criticar o governo, mas no que disse relativamente ao Orçamento para 2020 demonstrou não entender “o que são as regras de contabilidade pública e da contabilidade nacional”.
Na ocasião Centeno explica igualmente por que constitui imperativo de prudência ater-se ao critério da inflação registada em vez da que, embora prevista, poderá nem sequer vir a corresponder à realidade.
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