quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

A Segurança Social e os imigrantes que para ela contribuem


Abundam nas redes sociais as fake news, que têm os imigrantes como alvo, de forma a difundirem mensagens com conteúdos xenófobos e racistas. Os seus emissores procuram replicar o sucesso de muitos partidos de extrema-direita, que têm iludido parcelas significativas dos eleitorados europeus com a exploração do medo quanto ao Outro. E esse Outro tanto é tido como dado a comportamentos criminosos quanto à intenção oportunista de vir à procura dos apoios sociais prodigalizados à conta de quem para eles descontou.
Essas «notícias» seriam, além de torpes, desprezíveis se fossem facilmente desmentidas junto de quem anseia por nelas acreditar. Estudos internacionais pouco divulgados fazem coincidir a votação em partidos de direita com Quocientes de Inteligência mais próximos da idiotia, mas o problema deste subuniverso populacional é disponibilizar-se preferencialmente para argumentações maniqueístas de um primarismo assombroso em vez de deixar-se atrair por uma centelha que fosse de inteligência.
Os números desmentem, porém, os fundamentos dos que querem manipular esses pobres de espírito: o Relatório, agora conhecido sobre os dados referentes aos contributos dos imigrantes para a Segurança Social em 2018, demonstram que eles excedem em oito vezes o que dela recebem. Entre os 746,9 milhões de euros descontados e os 95,6 milhões das prestações sociais, o saldo positivo ultrapassou os 650 milhões de euros. O que se torna bastante revelador quanto a uma conclusão óbvia: relativamente à Segurança Social esses imigrantes fazem parte da solução e, de modo algum, do problema...

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