As ocupações têm sido tantas, que passei ao lado do debate entre os três candidatos à liderança do principal partido de oposição. Mas, devo confessar, que tivesse a maior das disponibilidades também a ele não dedicaria um segundo de atenção, preferindo colher-lhe as reações na imprensa com as reservas inerentes a sabê-la condicionada pelos interesses de quem nela manda.
Sem grande risco de errar concluo que a discussão não teve vencedor, porque nenhum dos três tinha qualidade bastante para argumentar de forma inabalável contra os outros dois. E há quem diga que, felizmente para nós, Costa continuará à frente do governo por muitos e bons anos.
Nem Rio, nem Montenegro, nem Pinto Luz conseguem iludir o que vai sendo evidente no sombrio universo da direita internacional: desmentidas todas as falácias sobre os benefícios dos mercados sem qualquer intervenção dos poderes do Estado e, vislumbradas em diversas latitudes, a crescente manifestação de revolta perante as agudizadas desigualdades, nenhuma saída lhes resta senão a de repetirem vacuidades que, no essencial, nenhuma ideia substantiva dão quanto ao modo como pretenderiam governar...
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