segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

A indisfarçada vocação direitista do PAN


Existe uma lei na política, que pede meças às das que cientificamente se vão comprovando: quando alguém diz que não é de esquerda nem de direita, depressa se demonstra a sua filiação neste último campo político. Sobre o PAN pode haver quem ainda duvide de onde deva ser acantonado já que o seu grupo parlamentar está colocado entre o Partido Socialista e o PPD, mas as posições que vai tomando, mesmo quando se abstém ou aprova o que o Governo apresenta, não engana para que lado mais se inclina. Veja-se agora a posição de anticomunismo primário assumida pelo mais conhecido dos seus deputados, quando esteve em discussão o prosseguimento de grupos de amizade parlamentar com a China ou com Cuba.  Agindo como um macartista apostado na caça às bruxas, André Silva quis liminarmente acabar com eles como se o diálogo entre instituições parlamentares a nível transnacional se cingisse tão-só pelos seus duvidosos preconceitos ideológicos.
Por muito que apareça acobertado em causas, que possam parecer-nos simpáticas como o são os direitos dos animais, o PAN esconde a filiação ideológica à direita de forma chico-esperta, sendo a mais recente das suas estratégias o fingir-se de ecologista. Nesse sentido é tão perigoso quanto o ultraliberal Cotrim ou o fascista Ventura. Na prática todos eles provém do mesmo indigesto caldeirão.

Sem comentários:

Enviar um comentário