terça-feira, 28 de maio de 2019

O estertor das direitas ( e não sou eu a dizê-lo!)


Sim! Eu sei que não devemos sobrevalorizar a angústia por que passam as direitas nestes dias subsequentes a terem conseguido menos de 30% nas europeias (ou pouco acima disso se contarmos com o Aliança e o Basta). Eu sei que seria péssimo ver as esquerdas porem-se à sombra da bananeira e imitarem João Soares que, há dezassete anos, confiou na obra feita para ser reeleito presidente da Câmara de Lisboa e viu-se dela imerecidamente desapossado. Mas, por estes dias, é inevitável o contentamento de abrir as páginas do «Público» e dar com o título «PSD e CDS assustados com cenários das legislativas. Que algumas páginas adiante o seu diretor, Manuel Carvalho, confesse-se triste com o que designa como «estertor da direita», por ele considerado «mau para o país». Ou que João Miguel Tavares olhe para Rui Rio e lhe dê a extrema-unção: “Rui Rio tem neste momento um dos piores empregos de Portugal e a sua caminhada até outubro vai assemelhar-se à do condenado à morte em direção ao patíbulo. Ele é um dead man walking”.
A verdade é que, por esta altura, os titereiros de Rio, de Cristas, de Santana Lopes e de Ventura andarão a cogitar como puderam enganar-se tão significativamente nos últimos anos, não lhes bastando terem pelo seu lado todos os principais órgãos de manipulação (des) informativa em Portugal a matraquearem quotidianamente todas as supostas malfeitorias feitas por António Costa e os seus aliados parlamentares  contra os eleitores. Estes acabaram por se revelar mais sagazes do que julgariam e andam a separar eficazmente o trigo do joio. Ficam difíceis estes tempos para as direitas nacionais e, antes de retomarmos a luta, dá satisfação vê-las atormentadas nos seus intrincados labirintos.

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