segunda-feira, 20 de maio de 2019

As multidões socialistas e os desprezados passeios dos partidos das direitas


Não serão necessárias muitas linhas para definir a forma como decorreu a campanha eleitoral neste fim-de-semana. As deslocações de António Costa e Pedro Marques aos Açores e à Madeira foram entusiasmantes prenunciando a forte hipótese de sucesso nas regionais de setembro na segunda dessas Regiões Autónomas. As televisões bem quiseram explorar a presença de menos participantes do que os esperados no comício de Guimarães, mas, mesmo apesar de benfiquistas e portistas faltarem à chamada para aferirem quais celebrariam a vitória no campeonato de futebol, tomara qualquer dos demais partidos concorrentes alcançarem metade, ou mesmo um quarto, dos efetivamente presentes nessa ação.
Paulo Rangel continua a proferir discursos ignóbeis, cujo verdadeiro significado revelou involuntariamente  durante a passagem da sua campanha por algumas terras minhotas. Convidado a dançar o vira com o grupo folclórico contratado para lhe animar a festa, cedo se escusou a pretexto de não ser grande dançarino. Já o adivinhávamos, mas um homem  pequeno não ser talentoso enquanto bailarino, só denuncia a velhacaria, que lhe vai na mente.
Jerónimo de Sousa disse uma evidência, que dificilmente conseguirá sobrepor-se ao injusto maniqueísmo dos media, quando verberam a simpatia do PCP pelo regime da Coreia do Norte. É que esses mesmos meios de comunicação nada parecem ter a dizer a propósito da cumplicidade dos partidos das direitas com os odiosos regimes parafascistas da Polónia ou da Hungria.
Será caso para questionar o que será mais escandaloso: a empatia com o regime de Kim Jong-un ou a ativa parceria com Viktor Orban e com o sobrevivente dos gémeos Kaczyński?
No Bloco as salas dos comícios continuam restritas em participantes, mas a Marisa Matias veio colocar uma questão a ter em conta: a possível imposição da Comissão Europeia da privatização da Segurança Social para possibilitar a exploração financeira das pensões de reforma dos cidadãos europeus. Não tenhamos dúvidas que, sempre procurando novas formas de satisfazer a ganância os grandes bancos tudo farão para abocanharem esse imenso maná.
Quanto a Nuno Melo e Assunção Cristas, que mais poderemos dizer sobre tão odiosas criaturas?  Vão passeando por feiras e por jantares com poucas dezenas de convivas e proferindo mentiras, que pretendem fazer passar por axiomas incontestáveis. No discurso do cabeça-de-lista há uma óbvia proximidade com o existente nas extremas-direitas europeias, cujo efémero, mas inquietante, sucesso, gostaria de replicar. Mas não terá sorte alguma: a haver alguma justiça continuará a ser o único representante do seu partido em Bruxelas, ficando aquém da votação do Bloco e do PCP, ficando exposta a merecida dimensão de integrar o mais ínfimo de entre os grandes partidos, aquele que o futuro reservará a uma grupusculização, prenunciadora da  definitiva extinção.

Sem comentários:

Enviar um comentário