O escândalo, que abalou a Áustria a partir do momento em que se descobriu a intenção do líder do partido de extrema-direita FPÖ em garantir o financiamento de um oligarca russo, situação denunciada pelo «Der Spiegel» e que precipitou a queda do governo de Viena a que pertencia, vem demonstrar três conclusões: que o limite de crescimento dos partidos dessa natureza acaba por evidenciar-se, quando se desmascara a venalidade dos seus líderes. Não olhando a meios para cumprirem os objetivos, será fácil armadilha-los - como agora sucedeu - para que revelem a sua verdadeira natureza.
Em segundo lugar há a considerar que Steve Bannon poderá ser, sobretudo, um produto de marketing, sem dinheiro bastante para subsidiar os seus cúmplices europeus porque, à falta de quem os financie, os fascistas europeus viram prioritariamente as suas antenas para a Rússia.
E, enfim, o oportunismo do primeiro-ministro Sebastian Kurz, que viu no caso a possibilidade de fazer crescer o próprio partido - teoricamente da direita tradicional, mas muito encostado ao até agora parceiro de coligação -, para virar a seu favor um caso, que o deveria também comprometer. Ou não foi por sua vontade, que Heinz-Christian Strache chegou a segunda figura na hierarquia do demissionário governo?
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