O agora conhecido relatório do European Social Survey explica bem porque continuam sem resultar as contínuas reportagens televisivas que visam danificar o apreço dos cidadãos pelo governo, dando do país uma imagem bem mais negativa do que ela justificaria. Na sondagem internacional os portugueses figuram em 4º lugar quanto ao seu índice de satisfação com o executivo de António Costa, só perdendo para suíços, noruegueses e holandeses. Tendo em conta que o governo conseguiu suster as sucessivas ameaças da vinda do Diabo, meteu mais dinheiro nos seus bolsos e sinaliza a possibilidade de se vir a viver bem mais animoso futuro, os portugueses vão desprezando Assunção Cristas, cuja histeria cacofónica não surte efeito nas sondagens e pouco ligando a Rui Rio, condenado a defender-se dos golpes baixos da sua própria trincheira sem ter tempo sequer para sonhar nos ataques aos que defronta na contrária.
Os mais incomodados com este indício de longa vida governativa para os socialistas anotam a incongruência de o mesmo estudo mostrar o mesmo universo de entrevistados bastante insatisfeito com a qualidade de vida. Contradição que, leem como decisiva para a viragem por que aspiram. Não conseguem perceber que, depois dos apertos causados pelo governo da troika, há uma ânsia justificada em recuperar o quanto entretanto se perdeu. De rendimentos, direitos e regalias, mas também de esperança, durante anos metida entre angustiados parêntesis. E, não tendo memória curta, muito demorarão a esquecer quem tanto mal lhes terá feito...
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