sábado, 2 de junho de 2018

Entre o renascer socialista em Espanha e a extinção dos kiwis na Nova Zelândia


A posse quase simultânea dos novos governos espanhol e italiano abrem-nos expetativas desencontradas para os tempos vindouros. Teoricamente as hipóteses de durabilidade de tais executivos estipulariam ser o transalpino o mais estável tendo em conta a maioria de deputados que o apoiam, entre os que se filiam na extrema-direita e os seguidores do palhaço Grillo. Mas será mesmo assim? Muito embora tenha sérias reservas quanto à capacidade de Pedro Sanchez para imitar António Costa na convergência dos conjunturais 180 apoiantes, que o ajudaram a derrubar Mariano Rajoy, há sempre a esperança de ver nele concretizado o provérbio frequentemente citado por um antigo colaborador, caçador nas horas livres, que constatava como de fracas moitas costumavam saltitar apetitosos coelhos.
Não era quase tido como certo o rápido fim do governo, que António Costa formou em novembro de 2015? Esperemos que de Portugal transitem para Espanha bons ventos e melhores casamentos, mesmo que de contraditórias convergências, nos que ditaram o envio do teimoso galego para o caixote do lixo da História.
Quanto aos italianos é só uma questão de ficarmos á espera os tumultos, que porão fim a esta espúria coligação. O exercício do poder servirá de prova de fogo a quem conseguiu cavalgar o descontentamento popular com promessas demagógicas, mas agora obrigados a demonstrá-las viáveis. Se ao menos o Partido Democrático se livrasse de Matteo Renzi, que o conduziu a um tão calamitoso desastre!
Numa crónica do «Expresso» Daniel Oliveira dá à Itália a condição de laboratório político onde se testarão os modelos de governação, que garantirão o bom clima para os negócios dos plutocratas apostados em dispensar esse «incómodo« chamado Democracia. Quero crer que, apesar de abonar a sua tese com o precoce crepúsculo italiano dos partidos tradicionais (mormente dos social-democratas!), o colunista estará enganado, por vir a revelar-se experiência falhada, senão mesmo caótica...
Olhando para outras geografias temos o 123º palestiniano morto pelos snipers  do exército israelita desde 30 de março num tipo de homicídios passíveis de serem sancionados no Tribunal de Haia como crimes contra a Humidade. E também o risco de extinção dos simpáticos kiwis neozelandeses, que estão a declinar em número 2% por semana, só restando 68 mil dos muitos milhões existentes no início do século XX. Culpados da chacina, que coloca a simpática ave à beira da extinção, os cães, os gatos e os ratos levados para aquelas ilhas austrais pelo homo sapiens em pessoa.

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