Um dos maiores equívocos dos últimos vinte anos tem sido essa personagem corrupta chamada Xanana Gusmão. É pena que a maioria dos que o olham com o capital de simpatia devido em tempos à resistência maubere contra o invasor indonésio se esqueça das palavras por ele proferidas a partir da prisão em que incitava os compatriotas a renderem-se ao ocupante, aceitando uma situação, que a realidade veio a demonstrar ser revertível. Estará por identificar qual era verdadeiramente o papel que os indonésios pretendiam atribuir-lhe se houvessem conseguido incorporar a ex-colónia portuguesa no seu território, mas confiemos que, num prazo não muito longínquo a abertura dos arquivos da polícia secreta de Jacarta no-lo venha esclarecer. Assim como valerá a pena estar atento para qual era o papel da ex-mulher Kirsty Sword na questão da partilha dos recursos petrolíferos offshore entre Timor e a Austrália e que há quem afiance não ter sido particularmente benéfica para os interesses de Dili.
Após a independência Xanana tudo fez para impedir a governação da Fretilin, que representava quem nunca se rendera ao invasor e nem desistira de o combater, mesmo que com enormes sacrifícios e custos em vidas. Pior ainda os sucessivos governos dirigidos ou inspirados por Xanana foram marcados por uma corrupção sem freios, razão para que o Presidente Lu Olo tivesse vetado alguns dos nomes agora por ele reindigitados para cargos sujeitos ao mesmo tipo de «tentações».
Não gostando dessa decisão de elementar higiene política, Xanana amuou. Mas o que seria de esperar de quem cuidou de expulsar sumariamente os magistrados portugueses colocados em Díli para ajudar à criação do poder judicial do novo Estado, quando quiseram investigar os negócios em que o sabiam envolvido?
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