Se três procuradores do Ministério Público decidiram dar lenha para a intensa campanha suja, que os jornais, as rádios e as televisões têm empolado nos últimos dias dando a Rui Rio e a Assunção Cristas a esperança de não se verem sumariamente passados à reforma na noite do próximo domingo, nenhum vértice desse triângulo (justiceiro, mediático e líderanças das direitas) conseguem pôr em causa o óbvio: nestes quatro anos os resultados da governação devolveram esperança aos portugueses, possibilitaram-lhes uma melhoria muito sensível na qualidade de vida e devolveram ao país a credibilidade internacional que Passos & Cª tinham deixado de rastos enquanto prestimosos seguidores da mistificação do aluno obediente preconizado pelo Cavaco de má memória.
Não é só entre nós, que a regra se cumpre: alguns eleitores podem deixar-se enganar pelo espavento da demagogia, mas a grande maioria irá votar de acordo com o que sentiu na carteira e com a sensação de ter recuperado uma vida normal, que a direita, com os seus cortes nos rendimentos dos trabalhadores e dos pensionistas, continuamente ameaçava, ao mesmo tempo que reduzia direitos e aumentava os deveres dos cidadãos.
Há, porém, uma evidência para que nos devemos preparar: o recurso lamentável aos métodos evidenciados nesta última semana, anuncia que, derrotada merecidamente nas urnas, a direita abrirá caminho para ainda mais populismo, retirando ao país a exceção de ser o único europeu a parecer imune à ameaça da extrema-direita. É para esse perigo que as esquerdas deverão acautelar-se...
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