quarta-feira, 24 de abril de 2019

É capaz de fazer jeito um banco para se sentarem


Devemos ao jornalista Max Blumenthal a divulgação de uma reunião em Washington, que deveria ficar secreta segundo a  vontade dos seus promotores - a tripla Pence/ Pompeo/ Bolton que manda na política externa norte-americana - e destinada a promover a única alternativa, que lhes resta para derrubarem o governo bolivariano de Nicolás Maduro. 
Frustrada a entronização da sua marionete (Guaidó), que nem o lamentável apoio da maioria dos países da União Europeia, conseguiu fazer prevalecer, esgotada a campanha sobre a penúria por que passa o povo, falhada a possibilidade dos sucessivos apagões terem levado ao caos definitivo, os que, desde o início da crise a andam a fomentar, já não alimentam mais ilusões e apostam na força militar como alternativa, que lhes resta.
Não admira que, na reunião do dia 10 de abril tivesse estado presente Roger Noriega, sempre convidado para esse tipo de eventos, quando se trata de conspirar militarmente contra países, que resistam à sua condição de «quintal das traseiras» do arrogante vizinho.
Do que se sabe de quanto se passou naquela reunião, fica a convicção dos participantes quanto à severa punição por que deverão passar os venezuelanos ao escusarem-se a apoiar o «presidente», que nada conseguiu presidir, e o aviso aos chineses e aos russos para não se intrometerem nos assuntos, que julgam caber apenas aos que ainda mandam na Casa Branca.
Depois de ter estado por dias a «incontornável vitória» de Guaidó - com muitos ingénuos das redes sociais a congratularem-se com tal expetativa, exclusivamente do interesse norte-americanos relacionados com a extração do petróleo - será sempre curioso verificar por quanto tempo mais resistirá o regime chavista. É que, em tempos, quem igualmente se apressou a prever a rápida queda do castrismo em Cuba bem teve se se sentar, porque ele continua de pedra e cal...

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