segunda-feira, 8 de abril de 2019

A oeste nada de novo...


Uma das fake new mais repetida por Rui Rio e outros políticos das direitas tem  a ver com o suposto isolamento do Partido Socialista da sociedade civil, que tenderia a dificultar-lhe o recrutamento de governantes e membros dos gabinetes ministeriais, «explicando-se» assim o recurso a familiares.
Mentira de perna curta, ver-se-ia tão rapidamente refutada, que o assunto pareceu esgotar-se com a demissão de um secretário de Estado. Quando do debate parlamentar Fernando Negrão procurou ainda explorá-lo até à náusea, mas recebeu merecido troco, que equivaleu a contraproducente ricochete. Tanto mais quanto logo abundaram exemplos deploráveis de casos evidentes de nepotismo, quando Cavaco Silva, Durão Barroso ou Santana Lopes eram primeiros-ministros, dando razão ao provérbio relativo a São Tomás. De repente viu-se Rio a dar o dito pelo não dito, secundarizando assunto, que, um par de dias antes, considerava caso de regime.
Por seu lado Assunção Cristas mostrou este fim-de-semana mais um aspeto da sua deplorável personalidade. Na quinta-feira transata, durante o debate parlamentar, decidira calar as críticas aos casos empolados pela imprensa a ela afeta sobre os familiares dos socialistas, quando viu Negrão levar violenta coça de António Costa. Agora, quando se apanhou num minicomício exclusivamente participado pelos correligionários, e com direito a reportagem televisiva, ei-la a manifestar a pose de virgem ofendida, aludindo ao que antes achara por bem silenciar. Além de desonesta intelectualmente, demonstrou indisfarçada cobardia, aproveitando para maldizer os outros quando estão de costas, já que, tendo-os de frente, olhos nos olhos, não se atreve a verbera-los com tão pobres argumentos...
O fim-de-semana ainda trouxe um outro dado, que desmente as teses das direitas quanto ao fechamento socialista sobre si mesmo: um estudo académico de irrepreensível valia, demonstra que, comparativamente com outros governos europeus com uma média nos 5%, o de António Costa conta com 38,9% de membros sem anterior prática política, provindo a maior parte da sociedade civil, e como independentes, para garantirem um significativo suplemento de qualidade a quem se incumbiu de proceder a determinante viragem nos rumos do país.
Vão-se passando as semanas e tudo continua na mesma: um governo a decidir e implementar estratégias muito positivas para o bem-estar dos portugueses e o futuro dos seus filhos, parcamente criticado por direitas desnorteadas, incapazes de outros argumentos que não os das mentiras e os dos insultos para minimizarem as pesadas derrotas, que se anunciam nas eleições deste ano.

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