Sempre que chegamos ao dia 25 de abril põe-se-nos a questão de como abordar a Revolução sem repetirmos o que já foi dito, e redito, em ocasiões anteriores, poupando-nos à sensação de redundância. Por isso importa reiterar o essencial recorrendo ao belíssimo poema, que sobre ela Sophia de Mello Breyner Andresen escreveu: o que foi conquistado naquele dia inicial, inteiro e limpo, é para ser valorizado e recriado em cada madrugada de que emergimos da noite e do silêncio. É luta de todos os dias, de todas as horas, porque quem odiou e odeia o perfume dos cravos tudo fará para infletir o curso da História e impedir-nos de sermos livres na substância do tempo.
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