sexta-feira, 5 de abril de 2019

A tardia correção da mentira


Comecei a manhã a espreitar a «Circulatura do Quadrado» de ontem para ver se Lobo Xavier se retrataria da mentira descarada lançada na semana anterior a respeito do emprego da mulher de Pedro Marques no governo. E foi por aqui, que, de facto, ele começou.
Mas, porque não acreditamos na sua sinceridade tendo em conta que uma raposa velha, como é o seu caso, tem demasiada argúcia para incorrer em erro, como tal se apressou a classificar?
É claro que nunca o poderemos provar, mas como não o imaginar a ajeitar o penteado antes de se colocar em cena e lembrar-se de lançar tal atoarda a ver se pegava? Porque a mentira, quando lançada sem hipótese de se ver prontamente contraditada, faz um longo percurso  até começar a ser contida. E até o tardio pedido de desculpas serve o interesse do mentiroso, porque tende a suscitar nos mais ingénuos a simpatia de o dar como alguém com humildade bastante para dar o dito pelo não dito com a pose mais compungida do hipócrita pecador.
Conhecendo-se o figurão e quais os seus propósitos, não dá para que se lhe reconheça pinga de honestidade intelectual, que faça credível aquilo que, uma vez mais, quis fazer passar como a sua verdade.

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