domingo, 28 de janeiro de 2018

Para quando a exterminação dos cães raivosos?

Mal se compreende que a atualidade noticiosa seja polarizada por esse vómito diário em forma de papel de jornal e de canal de telecoscuvilhices que é o «Correio da Manhã». Ao ter quem, na Judiciária ou nos ministérios, lhe vai passando sugestões de estórias que, acrescentadas e manipuladas, dão da realidade uma versão que não corresponde à verdade, essa corja imunda procura enlamear a probidade de quem assenta em irrepreensíveis padrões o comportamento público e privado.
A legislação também favorece esses criadores de fake news: tendo em conta a suposta obrigatoriedade do Ministério Público em investigar denuncias anónimas. Bastará que a central de desinformação sedeada na Cofina invente as maiores ignomínias para ter a garantia de haver agentes da judiciária a inquietarem o sossego dos inocentes e logo disso dar conta na primeira página do pasquim. Sempre aproveitando o provérbio de haver fogo onde se detetam indícios de fogo e a predisposição zarolha dos homens de mão da D. Joana.
Vem tudo isto a propósito da suposta investigação no ministério de Mário Centeno logo propalada pelos biltres do costume, cientes de logo se verem citados pelos que, mais comedidos no mundo da comunicação social, não lhes deixam de secundar nos propósitos. Se as direitas, incluindo Marcelo Rebelo de Sousa, não conseguiram apear do cargo quem para elas representava o inimigo mais perigoso - como se constata agora com os resultados económico-financeiros obtidos ao fim de dois anos de governação! - os seus cães de fila mais raivosos não desistem de lhe saltarem ás canelas.
No meio disto tudo só não se compreende a complacência com que são tratados os negócios do canalha, que se apresenta como patrão do pútrido tabloide, sobretudo adivinhando-se a responsabilidade da sua empresa de celulose à beira do Tejo na forte poluição, que ali se acusou.
A comprovar-se a culpa, que não se seja peco na devida indemnização, que o crime ecológico implicou. Talvez se consiga colateralmente livrar o país dessa outra poluição, que ainda subsiste nas bancas dos jornais e no alinhamento de canais por cabo, apesar da reconhecida falência de tal negócio. 

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