Sem surpresa os dados da Marktest confirmam que as televisões andam com Marcelo ao colo, e tal como foram fundamentais para lhe assegurarem a imerecida eleição para Belém, continuam a tudo fazer para lhe garantirem largo futuro, senão como corta-fitas, porque Américo Thomaz goza, nesse capítulo, de invejável mas palmarés, pelo menos como protagonista de selfies e de abraços. Segundo dados agora conhecidos, só em dezembro de 2017, Marcelo esteve presente nas notícias durante dez horas e cinquenta e quatro minutos. De palpável o que contribuiu a sua ação para o crescimento da economia, para a criação de emprego ou para a redução do défice? Obviamente nada!
Já António Costa, que de todos esses excelentes indicadores é o principal responsável, só teve direito a sete horas e quarenta minutos. É preciso acrescentar mais algum comentário a esta comparação?
Surgem, porém, sinais de esmorecimento dos favores populares relativamente ao demagogo, que tem assento em Belém. Não só as famílias das crianças levadas pelos bispos da IURD para o Brasil ou para os EUA vieram dececionadas da audiência com ele (uma coisa é o que se vê na televisão, outra o que se sente ao vivo, confessava uma das mães em causa!) como foi notícia bastante demonstrativa da natureza de Marcelo a sua recusa ao convite das centenas de operárias da fábrica Triumph em Sacavém que, em luta contra o despedimento coletivo, julgaram possível ter na sua visita algum lenitivo. Mas se Marcelo gosta de selfies e de abraços em ambientes favoráveis, quem é que o espera ver numa situação, que poria em causa os patrões dispostos a enviar para o desemprego tantas trabalhadoras ansiosas?
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