Pouco a pouco a China vai substituindo os Estados Unidos como a grande potência do século XXI. Bem pode Donald Trump considerar-se dono do maior botão para deflagrar um apocalipse nuclear, que o sistema capitalista a que pretende dar um acrescido fôlego antes de definhar, vai sendo superado por aquele que o irá substituir. Um capitalismo de Estado, como o que o Partido Comunista Chinês gere? Decerto! Mas não está na essência do marxismo a definição da possibilidade de transição para um outro sistema, mais justo e igualitário, quando for levado até ao seu limite o potencial do que está prestes a ser atirado para o caixote do lixo da História?
Vem isto a propósito da notícia da clonagem de dois macacos por cientistas chineses, que procuraram seguir as pisadas dos colegas responsáveis pela experiência com a ovelha Dolly.
Sabe-se o que se seguiu: as sociedades ocidentais envolvidas numa polémica relativamente a questões éticas com tal experiência, a que rapidamente se quis pôr termo. Os preconceitos religiosos - como sempre inibidores dos maiores avanços civilizacionais - quiseram travar a evolução científica. Razão porque os laboratórios ocidentais estão coartados na capacidade de desenvolverem trabalhos muito aprofundados relativamente à manipulação genética. Como se, aos benefícios potenciais para a espécie humana, se contrapusessem hordas de cientistas mefistofélicos ansiosos por firmarem pactos com o Diabo para mergulharem a nossa civilização numa distopia huxleyana.
Sem tais condicionalismos os chineses preparam-se para liderar uma das mais importantes áreas do conhecimento do futuro. Sinal de que o poderio do imperialismo ianque já era… ou já vai indo!
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