quarta-feira, 25 de março de 2020

Um senhor perante tão frágeis meninos


Debate quinzenal de ontem à tarde resumido em quatro momentos, invariavelmente relacionados com os suspeitos do costume.
Rui Rio continua a surpreender pela inabilidade, que se julgaria melhor controlada com a vasta experiência de muitos anos na política. Ou seja, em vez de reconhecer o erro e convidar  alguns dos seus deputados a saírem para respeitarem a regra aprovada quanto ao número dos que deveriam estar presentes decidiu dar-lhes um violento puxão de orelhas só demonstrativo da sua incapacidade de liderança. É que se eles não seguem as suas orientações, quem as seguirá?
Telmo foi ... Telmo. Ou seja um previsível atoleimado.
Ventura persiste no tipo de exaltação de um toiro a irromper numa praça para enfrentar o seu matador, mas essa entrada de rompante salda-se com uma retirada triste, a lamber as feridas das breves, mas profundas estocadas, que Costa lhe desfere. Não precisando de muitas palavras para o designar como um dos boateiros que muito bem dispensamos nesta altura.
E o grande momento da tarde foi o propiciado pelo Cotrim da Iniciativa Liberal. O privatizador-mor vinha exigir mais pródigos apoios do Estado e levou de volta o que estava a precisar: corresponde àquele tipo de liberal que, em tempos fartos, quer minimizar o Estado à sua expressão mais diminuta, mas logo armado em paladino da Iniciativa Estatal quando eles se revelam complicados para o tipo de patronato do seu agrado.
No fundo o debate correu como de costume. Perante os seus críticos, Costa porta-se como um senhor e redu-los à dimensão de frágeis meninos.

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