Com nove casos confirmados de Covid-19 podemos considerar que o governo tem agido com sensatez e competência perante uma crise de saúde pública, que não justifica os cenários alarmistas desenhados pela generalidade da imprensa há umas semanas a esta parte. Lamentavelmente os urubus e outros necrófagos andam num frenesim a procurarem o sustento a partir dos despojos, que já julgam disponíveis. Ordens e sindicatos dos médicos ou dos enfermeiros, associações dos polícias e outros especialistas na maledicência acotovelam-se para uns minutos de tempo de antena nos telejornais desejosos de atiçar a intranquilidade coletiva e darem-se ares de importância, que nem têm, nem merecem.
Ao vê-los a perorar perante prestimosos «jornalistas» justificam-se algumas perguntas: não têm as Ordens profissionais apenas competências no que à deontologia dos seus representados diz respeito? E os sindicatos não servem apenas para, à mesa das negociações, discutirem melhores condições remuneratórias e direitos laborais para os seus associados? A que pretexto se julgam legitimados com a jactância de virem atirar bitaites sobre o que dizem estar a correr mal e exclusivamente da competência da hierarquia, que tem no topo o governo e nas cadeias intermédias os responsáveis pelos serviços públicos de saúde?
Essa gente, que fala, fala, e nada faz de substantivo para fazer parte da solução de uma crise com potencial para se tornar mais complicada, lembra os que, no meio de uma complicação só comparecem para ainda criarem maiores dificuldades a quem a quer resolver...
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