sábado, 27 de julho de 2019

Um grande dirigente socialista no presente e no futuro


Quem me costuma ler sabe da admiração, que nutro pela ação política e ideário de Pedro Nuno Santos. Estando  quase totalmente de acordo com  a direção do Partido Socialista é o atual Ministro das Infraestruturas, que mais justifica a eliminação do advérbio. E isso conforma-se na entrevista hoje concedida ao «Público» em que pré-justifica o que fará (e ainda não anuncia) se os motoristas de transportes vierem a cumprir a anunciada greve: “Quando estamos numa negociação, temos que estar de boa-fé. No protocolo assinado, havia o compromisso de que enquanto as negociações decorressem se garantia paz social. É um erro que no meio de um processo negocial se proceda desta maneira.”
Sobre a ferrovia dá-nos garantias de um futuro bem mais radioso para o setor, tornando-o determinante no desenvolvimento futuro do país. Além de antever a possibilidade de viajarmos de comboio entre Lisboa e o Porto demorando-nos apenas uma hora, considera-a estratégica para a criação de uma nova grande área metropolitana entre as duas maiores cidades do país. E esbate as ilusões aos que, cingindo-se às supostas imposições da União Europeia, continuam a bater-se pela privatização da CP: “não tenho a menor dúvida de que aquilo que precisamos em Portugal, para benefício do nosso país e do nosso povo, é termos uma CP forte, uma CP grande, uma CP a servir bem o país e os portugueses. E isso implica um contrato de serviço público entre o Estado e a empresa. A minha preocupação é conseguir que a mobilidade em Portugal funcione bem e isso faz-se com a CP. Da mesma forma que acho, e que este partido acha, que a prestação de cuidados de saúde funciona melhor se tivermos um Serviço Nacional de Saúde universal e público. Da mesma forma que este Governo e este partido acham que a melhor forma de nós promovermos a qualificação do povo se faz com a escola universal e pública. Da mesma forma que acho que a mobilidade em Portugal será assegurada com maior qualidade, segurança e conforto através de uma grande empresa pública. A CP já deu muito a este país. Deve ser respeitada por todos nós. O contrato de serviço público é uma questão de justiça. Há uma coisa interessante: todos os interesses privados a quererem vir para cá só falam da Linha de Cascais e da Linha do Norte. Porque são as únicas superavitárias. Nunca vi ninguém interessado em operar nas outras.”
Conclua-se com o seu estruturado pensamento quanto ao futuro das esquerdas europeias e com o qual estou 200% de acordo: precisamos levar para a Europa o que defendo no plano nacional. Uma clara distinção entre a esquerda e a direita e que a confusão que houve durante muitos anos entre o centro-esquerda e o centro-direita desapareça, porque isso prejudica a democracia. No plano nacional, estamos a fazer isso com sucesso, ganha a democracia portuguesa. Temos de conseguir fazer isto no plano europeu porque ganhará a democracia europeia. (...) Os socialistas têm de ter um programa claramente distinto em relação aos conservadores e aos liberais para a Europa e devem-se bater por ele contra essas famílias políticas europeias.”
Não surpreende que considere fundamental esta peça jornalística e aqui lhe enfatize alguns dos trechos, que mais me agradaram.

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