Desta vez com epicentro no «Jornal de Notícias«, mas logo replicado noutros órgãos da comunicação social, está em curso uma campanha antissocialista com contornos muito semelhantes à perpetrada há quatro anos. Na altura ela não impediu que Passos Coelho fosse à espera de Godot para uma paragem onde ele nunca chegou a aparecer-lhe, mas a votação do PS saiu claramente aquém da merecida pelas propostas do seu programa eleitoral.
O esforço dos que estão a congeminar a atual campanha visa o mesmo: sabem que António Costa será o próximo primeiro-ministro, mas tudo fazem para que fique tão fragilizado quanto o permitam as sucessivas levas de ataques preparados para saírem cirurgicamente nesta altura.
É por isso que a reação tem de ser forte e determinada: pedir à PGR que esclareça sobre as histórias de contratos públicos entre algumas instituições do Estado e os familiares de alguns governantes, por quem não são tuteladas, pode frustrar os intentos dos conspiracionistas. Limitar-lhes a virulência com eficazes antibióticos pode ser meio caminho andado para que as direitas, que se acoitam atrás de tais campanhas, tenham o merecido troco no dia 6 de outubro.
Porque razão deverão os familiares de quem chega ao governo impedidos de exercerem a sua atividade profissional como até aí haviam feito?
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