quinta-feira, 25 de julho de 2019

Um comentador televisivo em apuros


Há muito tempo que admiro Eduardo Cabrita e na polémica com o presidente da Câmara de Mação é natural, que lhe dê toda a razão, só surpreendendo como o autarca laranja não mediu bem com quem se estava a meter. De facto não tendo acionado o plano de emergência municipal, ao contrário do sucedido com os seus colegas de Vila de Rei e da Sertã, ainda se achou com razão suficiente para se pôr em bicos de pés face às câmaras de televisão a queixar-se de falta de meios e inculpando diretamente o governo.
Comentador televisivo foi uma expressão feliz de Eduardo Cabrita para classificar quem nada fez para ajudar no esforço de combater o incêndio no seu concelho e só atrapalhou. Pior ainda, julgou-se da estirpe do Rei Sol e pôs-se a exigir desculpas como se houvesse uma identificação total entre ele e a população, que pagou, uma vez mais, pela sua incúria na prevenção dos sinistros através de adequado ordenamento do território. Manifestamente Mação não se reduz à pífia figura do seu lamentável autarca.
A mais ridícula acusação feita ao ministro foi de cobardia, quando todos quantos o conhecem sabem ser o contrário o que melhor define o seu carácter, porque, perante uma boa pugna de retórica argumentativa, ninguém o consegue levar de vencida, quando a razão é toda sua. Bem podem esgrimir argumentos falaciosos contra si que, com indómita valentia, Eduardo Cabrita não se cala e prossegue o elencar de todos os fundamentos da sua justiça.
Se o bizarro Vasco Estrela julgava defrontar a antecessora do ministro bem se enganou na porta a que quis bater. Mesmo que a SIC lhe viesse dar a tribuna para o exercício onanístico de se convencer da sensatez, que mais ninguém lhe reconhece...

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