A imagem do dia é a do aperto de mão entre Trump e Putin, com o primeiro a confessar-se muito honrado pela oportunidade de apertar a mão a um homem a quem muito admira.
O que ela significará daqui por diante ainda não sabemos, mas será improvável que o suposto cessar-fogo no sul da Síria corresponda a algo de substantivo, a não ser que a Casa Branca aceite definitivamente a manutenção de Assad como um dado adquirido.
Tendo em conta o QE de um e de outro, quase por certo será Putin a ter ganho algo com o encontro: ao contrário do volúvel interlocutor ele sabe bem demais o rumo para que pretende seguir. Pelo contrário, mesmo iludindo-se com a receção na Polónia, Trump vai descobrindo-se cada vez mais isolado na cena internacional. Mesmo que Macron lhe vá dar algum alento desnecessário daqui a uma semana.
O que está a ser interessante no atual momento da nossa civilização é a queda abrupta dos Estados Unidos como a mais influente das superpotências, enquanto os chineses, armados da milenar paciência, vão acelerando a execução da estratégia, que fará deles a poderosa referência para a segunda metade deste século.
Dirão os cínicos, que Trump tem por si o mais inquietante arsenal militar de todo o planeta, mas isso é esquecer que essa era, igualmente, a realidade sentida pelos romanos na época do seu poderoso império e isso não impediu de se verem derrotados pelos primitivos bárbaros.
Sem comentários:
Enviar um comentário