quarta-feira, 30 de março de 2022

Uma curiosidade anódina e coisas bem mais importantes

 

1. Ao analisar a composição do governo de António Costa, o «Público» faz capa com a constatação de, ao fim de seis anos, não sobrar nenhum ministro daquele que  formou em 2015.

É bom? É mau? A questão pôs-se-me e não lhe encontrei resposta de tão inócua me parece. As pessoas devem manter-se nos cargos enquanto para eles se mostram disponíveis ou competentes, e deles saírem quando uma das condições se não verifique.

A todos os que, então foram ministros, e agora o já não são, só podemos agradecer-lhes: integraram um governo, que deu-nos enormes esperanças depois dos quase cinco anos de negrume passista. Quanto a estarmos perante um elenco totalmente renovado em relação ao de então só podemos desejar-lhe que cumpra o mesmo objetivo: que produza resultados palpáveis para a melhoria da nossa qualidade de vida e contribua para a sociedade portuguesa tornar-se menos desigual e injusta.

2. Excelente o discurso de Augusto Santos Silva na tomada de posse como segunda figura do Estado: “Estes tempos difíceis, complexos, são tempos propícios a toda a espécie de manipulações, de preconceitos e de messianismos, tempos em que pode prosperar o populismo com as simplificações abusivas, as exclusões sumárias, a negação do pluralismo e da diversidade, a estigmatização dos vulneráveis, a culpabilização das vítimas e a substituição do debate pelo insulto”.

Compreensivelmente o lado rasca do hemiciclo não gostou. Pudera! Sabem bem virá do lado sibilino - mas sempre com inultrapassável elegância! - do novo presidente da Assembleia o efeito de lhes pôr as orelhas a arder sempre que a oportunidade se proporcionar. E só se lhes pode desejar agudíssimas otites por ser esse o merecimento do seu nulo valor.

3. Não propriamente rasca, mas inegavelmente mentiroso será sempre o discurso dos deputados da Iniciativa Liberal, que procuram vender uma evidência, que os factos comprovam ser contrários à verdade. Menos impostos para os patrões não resultam em melhores rendimentos para quem trabalha. Basta olhar para o gráfico emitido pelo US Bureau of Economics Analysis e que demonstra bem o que resultou desse tipo de política por parte da Administração Trump. O afastamento das duas linhas do gráfico fala por si. 

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