quinta-feira, 10 de março de 2022

Propaganda, boicotes e sentido das realidades

 

1. Exemplo da forma exacerbada como a propaganda ucraniana quer assustar a opinião pública ocidental de forma a precipitar a intervenção da NATO, que os governos ocidentais já excluíram vir a verificar-se, é o mito do perigo representado pela central de Chernobyl privada de energia elétrica, que mantenha a refrigeração das piscinas onde é arrefecido o combustível antes da sua desativação. Dizem os cientistas americanos e eslovenos ouvidos sobre o assunto que esse combustível não está assim tão quente, dispensando a circulação constante de água passados mais de dez anos sobre a data em que ele terá sido retirado do reator danificado pela explosão de 1986.

2. Apesar de só importarem 4% do seu petróleo da Rússia, prevê-se que a decisão de Biden, Johnson e Trudeau em boicotarem-no poderá levar o barril para cima dos 200 dólares num efeito semelhante ao da crise dos anos 70 como o reconheceu o ministro francês da Economia.

3. “Forte condenação da Rússia”, “total solidariedade com o povo ucraniano” e “apoio absoluto” ao Governo de Volodimir Zelenskii, serão as conclusões do Conselho Europeu a decorrer em Versalhes. Mas, preocupados com a interpretação do Kremlin sobre o que nele se decidir, os líderes presentes nada decidirão de substantivo quanto à entrada da Ucrânia na União Europeia, que é hipótese inexequível nesta altura.

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