sábado, 26 de março de 2022

Fazer e não querer que se faça

 

Qual será o posicionamento de Marcelo Rebelo de Sousa perante um governo que sabe ter maioria absoluta e contra o qual sabe limitada a capacidade do seu contrariado estado de alma?

A resposta a essa pergunta será um dos mais curiosos leitmotiv de quem se postar como observador do relacionamento entre Belém e São Bento. Por um lado, temos um primeiro-ministro confessadamente com gosto para executar políticas em que acredita e exultando-se com os seus bons resultados, por outro um presidente que, nem os seus mais entusiasmados dos defensores, reconhecerão ter como currículo mais do que um passado de professor universitário e de comentador político. O que, no saldo do deve e haver, sobre os benefícios colhidos pelos portugueses das respetivas ações, não sobram duvidas quanto a quem tem incomparável positividade.

Eis um caso evidente de haver quem faz e fará e de quem nunca fez nem, dentro da medida do possível, não quererá deixar fazer. Sobretudo se for em prejuízo das clientelas de cujos interesses sempre se revelou incansável defensor...

Sem comentários:

Enviar um comentário