quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Os vómitos da ignóbil criatura

 

Só peço que o processo avançado pelo historiador Fernando Rosas contra a ignóbil criatura, por o ter difamado, injuriado e caluniado - termos correspondentes aos Artigos do Código penal, que ficaram em causa com o caso - corra rapidamente em tribunal. E que outros se sigam sempre que o político mais mentiroso e manipulador, que alguma vez teve assento na Assembleia da República, incorrer no mesmo crime. Que acaba por ser quase sempre que abre a boca, por ser essa a sua incontornável natureza. Até o mais do que suspeito Polígrafo da SIC teve que dar a mão à palmatória e, decerto a contragosto de quem nele opera outras formas de manipulação da informação, reconheceu nenhuma ponta de verdade na afirmação do biltre quanto ao envolvimento de Fernando Rosas numa suposta sessão de tortura ao criminoso de guerra Marcelino da Mata.

Curiosamente, para além de muitos que subscreveram um texto anterior aqui lançado, sobre a natureza do defunto que, para minha indignação, mereceu o apoio de deputados do meu Partido no voto de pesar aprovado na casa da Democracia - coisa que o homenageado nunca soube de que se tratava! - houve também quem se indispusesse com a qualificação de criminoso de guerra. Que o era não o conseguem negar, porque não faltam as imagens de entrevistas em que ele se deleitava a contar como praticava os seus crimes e depois profanava os próprios cadáveres. Algo que não se pode confundir com o comportamento das dezenas de milhares de outros soldados envolvidos no mesmo cenário de guerra, cumprindo o que lhes era ordenado sem incorrerem em comportamentos bárbaros e, muito menos, deles virem depois vangloriar-se. Ou o testemunho do escritor Mário Cláudio, então jurista no quartel-general de Bissau, que teve em mãos vários processos para condenarem o medalhado pelo fascismo pela reiterada prática delituosa e a quem travavam as ordens vindas de cima.

A ignóbil criatura não gostou que a verdade histórica viesse ao de cima e fosse convenientemente lembrada por quem acumulou provas documentais do sucedido consolidando a memória histórica dos crimes do colonialismo fascista. Daí os vómitos abjetos pelos quais terá de judicialmente responder.  Que a Justiça se encarregue de, exemplarmente, o punir é o que se exige no mais curto prazo. Porque o que esteve em causa nada tem a ver com uma suposta «liberdade de expressão» com que possa querer defender-se, mas em manchar a reputação de quem a possui imaculada e não merece ofensas de quem se comporta criminosamente...

1 comentário:

  1. Um dos grandes historiadores portugueses para além de ser um grande humanista . A nossa dignidade e honra não tem preço logo que a suja deve ser severamente punido. Um abraço ao Fernando Rosas que oiço leio sempre com muito agrado.

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