quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Como Roosevelt meteu os demagogos populistas no bolso

 

Interessante o artigo de Michael Lind agora difundido nas muitas publicações internacionais, que mantém acordo com o Project Syndicate.

O autor lembra a história dos Estados Unidos no último século e meio para demonstrar que o populismo não foi uma invenção de Donald Trump. Praticamente desde o desfecho da Guerra Civil, que os derrotados tudo têm feito para afirmar a sua agenda suprematista promovendo sucessivos líderes políticos, que procuravam o apoio de eleitores brancos e pobres, atiçando-lhes o racismo, convencendo-os de como melhorariam na qualidade de vida se se livrassem dos incómodos vizinhos de cor. Os que têm memória até tempos mais recuados não esquecem George Wallace, um racista do sul, que até ganhava eleições pelo Partido Democrático.

O que fazer perante a ameaça desse odioso discurso político? Lá como cá, onde temos de nos haver com a ignóbil criatura, a melhor alternativa é a que Franklin Roosevelt aplicou nos anos 30 do século passado: olhar para as frustrações dos que se deixavam tentar pelos populistas, encontrar-lhes as causas e procurar resolve-las de forma a atrai-los para a Democracia.

Segundo Lind, “os populistas são quase sempre canalhas, mas aqueles que os apoiam merecem ser respeitados e escutados. O populismo demagógico é uma doença da democracia representativa. Curar essa doença exige uma efetiva representatividade.”

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