segunda-feira, 25 de março de 2019

Apesar de ser pró-maioria de esquerda verbero Catarina Martins e Mário Nogueira


Convenhamos que  não acreditava, que Catarina Martins usasse argumento tão rasteiro: ouvi-la criticar o governo por alguns laços familiares entre ministros, ou outros membros do governo, sem fundamentar a condenação em função do único argumento aceitável - a eventual incompetência dos visados! - faz tanto sentido quanto pormo-nos aqui a ponderar se Joana Mortágua não deve o lugar de deputada e munícipe à conta da irmã, ou mesmo se ambas apenas chegaram onde estão por influência do pai, conhecido e corajoso antifascista.
Que a direita use este tipo de demagogia compreende-se: faltando-lhe os argumentos que os indicadores económicos lhes sonegam diariamente, sobra-lhes o descaramento e a falta de escrúpulos para invocarem esse tipo de slogans, que sabem facilmente aceites pelos mais desinformados dos eleitores. Que o Bloco se comporte de igual forma só nos tende a recordar que, com outro líder - Francisco Louçã - promoveu e conseguiu a queda do governo socialista em 2011 para facilitar o regresso das direitas ao poder. Será isso que Catarina Martins e os seus camaradas pretendem? É que as estratégias, que vêm seguindo nos últimos meses, não se traduzem em qualquer melhoria nas sondagens e só podem reverter para as direitas aqueles eleitores entretanto decididos a mudarem o seu voto para os socialistas.
O mesmo sucede com Mário Nogueira que, no decurso da pífia manifestação de sábado passado - nada de comparável com as maiores para que conseguiu arregimentar os professores - se comprazia com a perda de pelo menos dois deputados para o PS. Para beneficiar quem, interrogue-se-se! Não certamente o PC ou mesmo o Bloco, como as sondagens vão demonstrando! Mas Mário Nogueira já tem amplo curriculum a beneficiar as direitas, contra quem agiu como manso cordeiro enquanto elas fustigavam a sua classe durante os quatro anos da sua desgovernação. Agora, que os professores já recuperaram uma parte significativa dos rendimentos perdidos nessa altura volta a mostrar inusitada ferocidade, porventura para voltar a beneficiar quem costuma colher os lucros dos seus atos.
Embora defensor entusiasta da atual maioria parlamentar, quer o Bloco, quer o PCP, vêm-me demonstrando a justeza da necessidade de uma ampla e sólida votação para o PS, que dá mostras de ser o único partido que põe, como prioridade, a defesa dos interesses do país como um todo e dos seus mais desfavorecidos cidadãos em particular.

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